Atualmente pela proximidade da EN1 , o monumento, construído em calcário tem sofrido uma degradação acelerada, bem como o excessivo ruido do trafego rodoviário tem interfere comunidade local e atividade turística.

A execução da variante A19, que inicialmente tinha como um dos objetivo absorver parte do trafego da EN1, tem tido pouco impacto, e muito se tem discutido sobre medidas de acalmia de transito na EN1.

Apesar da manutenção de espaços verdes e cortinas arbóreas existentes originais da intervenção, não tem sido previstas, nem executadas nenhumas medidas de minimizadora desse impacto, e portanto com o acréscimo de trafego seja em numero e volume, torna-se fundamental a curto prazo intervir de forma, a preservar o patrimônio e a qualidade ambiental na envolvente ao mosteiro.

A problemática atual prende-se dois pontos essenciais, reduzir o ruido ( acústica ) e a degradação da fachada calcária do Mosteiro Santa Maria da Vitória.

Proposta:

Dentro das medidas referidas em capitulo anterior, interessamos abordar nesta proposta a componente paisagística/ arquitetónica e nestes termos a proposta apresentada pretende explorar o elemento Barreira Acústica , que aqui, pela sensibilidade exigida não toma uma solução construtiva convencional.

Por esse fato e analisado a área de intervenção partiu-se dos seguinte pressupostos:

Utilização de elementos verdes ( arbórea, arbustiva e herbácea ) , consolidado assim as pré existências, revelando uma continuidade do paisagismo já existente bem como reduzindo o impacto visual dos elementos construídos.

Incorporação de elementos construídos com capacidade de tratamento acústico , que se apresentam descontínuos ( no seu alinhamento longitudinal e transversal) para que difunda na vegetação e reduza assim o impacto visual, quer seja para quem está no Mosteiro Santa Maria da Vitória ou para quem passa na EN1.

Pontualmente prevê-se possibilidade de interagir visualmente, com painéis translúcidos que permitem pequenos momentos de transparência que devem coincidir com a ausência de vegetação.

Com cerca de 120 metros é desenvolvida um conjunto arquitetónico, que incorpora os 3 pressupostos referidos anteriormente, e que acompanham a plataforma rodoviária da EN1, com um afastamento de cerca de 3.50 metros ( desde faixa rodoviária até elemento construído ) e que vai alternado em 3 alinhamentos ( 3.50, 4.50 e 5.60) e simultaneamente em altura ( 1.00, 1.50, 2.00,2.50 e 3.00 ) Por entre este elementos surge a vegetação que envolve os mesmos de forma aleatória .

Ecovia - Será ainda desenvolvido um a norte da Barreira Acústica um equipamento de mobilidade urbana que se entende dar suporte ao trafego pedonal e ciclavél , que liga numa extensão de cerca de 376 metros, a zona norte do Claustro Afonsinho e que acompanha a EN1 até a Rua das Piscinas.

Ao logo do seu todo será equipado pontualmente de mobiliário urbano que funcionam como zonas de estar ( bancos ) e ao mesmo tempo pontos de iluminação, que aqui se definem como essenciais para a segurança do espaço.

O pavimento será em solo natural estabilizado ( 6% de humidade), contribuindo assim para a manutenção de solos permeáveis bem como as solicitações do seu uso ( pedonal e ciclável).  

(Arquiteto José Vieira)