"Ordens Honoríficas Portuguesas" em exposição na Batalha

Terça, 11 De Agosto De 2009

"Ordens Honoríficas Portuguesas" em exposição na BatalhaA Galeria de Exposições Mouzinho de Albuquerque, na Batalha, acolhe de 14 de Agosto a 13 de Setembro, a exposição "Ordens Honoríficas Portuguesas", do Museu da Presidência da República.
A exposição em causa, reúne todas as ordens honoríficas existentes em Portugal, explicando o significado de cada uma destas condecorações.
Aponte-se que a atribuição de ordens honoríficas em Portugal conta com uma longa tradição, cabendo ao Chefe de Estado superintender todo o processo.
O sistema de atribuição destas condecorações sofreu ao longo dos séculos uma natural evolução, tendo algumas das actuais ordens honoríficas origem na Idade Média - as antigas ordens monástico militares de Cristo, de Avis e de Santiago da Espada. Estas foram, até à sua extinção, em 1834, verdadeiras ordens religiosas criadas no séculos XII a XIV com a aprovação da Santa Sé e a protecção régia, visando participar na «Reconquista», à qual deram um contributo decisivo.
As ordens monástico militares criadas em Portugal e nos restantes reinos da Península Ibérica (Ordens Militares de Santiago, Calatrava, Montesa e Alcântara) inspiraram-se, por seu turno, nas ordens militares criadas no Reino de Jerusalém no século XI para defesa da Terra Santa - a Ordem do Hospital de S. João de Jerusalém e a Ordem dos Templários.
No século XIV surgiram também na Europa as ordens de cavalaria, inspiradas também nas anteriores, mas tendo por fim recompensar serviços ou a fidelidade ao Soberano seu instituidor, tendo a natureza de confrarias ou corporações nobiliárquicas de natureza secular mas confessionais e de inspiração cristã.
Sucederam-se no tempo, após a Revolução Francesa, as modernas ordens de mérito inspiradas no princípio da igualdade dos cidadãos perante a lei e totalmente laicas. O seu modelo foi a Legião de Honra, criada em 1802, pelo Primeiro-Cônsul Napoleão Bonaparte. Possuindo vários graus, visavam recompensar o mérito civil ou militar, independentemente do nascimento.
Com o fim da «Reconquista» no território português, as ordens militares sofreram igualmente uma evolução que passou pelo relaxamento dos primitivos votos de pobreza e castidade e pela perda da sua autonomia no século XVI, com a entrega da sua administração à Coroa. O processo culminaria no século XIX, com a extinção das ordens religiosas, que conduziu à sua transformação em ordens de mérito assentes no mérito individual, laicas e puramente honoríficas.
Em 1910, logo após Revolução Republicana, as ordens vigentes sob o deposto regime monárquico foram extintas, tendo no entanto, em 1918 em plena Guerra Mundial, sido restabelecidas como ordens honoríficas ou de mérito, sendo a função de Grão-Mestre atribuída ao Presidente da República.
As Ordens Honoríficas Portuguesas são agrupadas conforme a sua origem ou natureza em Antigas Ordens Militares, Ordens Nacionais e Ordens de Mérito Civil.
A entrada é gratuita.

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