Estudo prévio do edifício das Termas das Salgadas aprovado

Terça, 15 De Junho De 2010

Estudo prévio do edifício das Termas das Salgadas aprovadoO Estudo prévio do edifício das Termas das Salgadas, na Batalha, foi aprovado na última Reunião de Executivo.
Do projecto deste moderno complexo termal, destaca-se o objectivo da gestão do espaço ao nível da combinação das vertentes da Saúde, Bem-estar e Lazer, para além do conceito mais tradicional do Termalismo.
O Município da Batalha pretende, numa lógica de complementaridade, associar às Termas das Salgadas à Unidade de Cuidados Continuados da Misericórdia da Batalha, instalada no lote contíguo e daí resultando claras sinergias ao nível dos tratamentos fitoterapêuticos.
Projectado segundo as últimas tendências deste tipo de espaços, o Complexo Termal das Brancas será instalado num moderno edifício de 2 pisos, com uma área de construção de cerca três mil metros quadrados e que combinará áreas tão diversas como os balneários, gabinetes médicos, ginásios, salas de tratamento de vias respiratórias, hidromassagem, tanques diversos, SPA, entre outras.
O Investimento total para a construção do edifício está orçado em 3,5 milhões de Euros.

Sobre as Termas das Salgadas
É referenciada no "Aquilégio Medicinal" (1726), de Fonseca Henriques, na sua listagem de "fontes frias", como "fonte salina, perto da Batalha no lugar das Brancas […] Rebenta um olho de água, que tirada de uma concavidade em que se ajunta, e lançada em terra como salinas, se forma nele excelente sal, tão bom como o marinho. Muitas pessoas o fabricam e o usam dele como sal comum."
Tavares (1810) menciona-as: "Há uma nascente de água verdadeiramente salgada, na quantidade de duas telhas. Ao Norte desta mesma (cerca de trinta passos), há outra semelhante origem de meia telha […] Distante um tiro de bala daquela primeira nascente à borda do mesmo caminho dito, no sítio chamado Moinhos de Cima, rebenta outra meia telha, que correndo sobre a estrada ali deixa sal comum cristalizado. No sítio desta última há sinais de se ter feito sal, que servia para consumo da vizinhança."
Lopes (1892) descreve as emergências de água: "Brotam três nascentes de água mineral, ao longo do caminho que da Batalha vai para Porto Mós. A 1ª nascente , fica entre a Quinta do Pinheiro e o sítio das Santas, a cerca de 250 m da aldeia das Brancas, a 2ª fica a 20 m a Norte desta, a 3ª distante 400 m da primeira , está no sítio de moinhos de cima […] Hoje não são usadas, mas com elas se fazia antigamente sal comum, havendo ainda sinais de tal fabricação." Em 1917 é pedida a concessão, três anos depois Mendonça (1920) faz o reconhecimento, descrevendo o balneário, que constava "de um barracão de madeira, tendo uma tina de madeira, uma de ferro esmaltado e duas de pedra, tem o barracão mais duas divisões, sendo uma onde está instalado a caldeira e outra serve de cantina […] Junto ao balneário há uma hospedaria com seis pequenas divisões, desprovidas de qualquer espécie de mobiliário."
Depois deste relatório foi feito um outro balneário, com um quarto de banho de 1ª classe e dois de 2ª classe para homens; para mulheres tinha igual número, e contava ainda com duas banheiras para doenças infecciosas para cada um dos sexos.



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