“A Emergência no Património Cultural” em debate no Mosteiro da Batalha

Terça, 11 De Março De 2025

“A Emergência no Património Cultural” foi o mote de debate no encontro que decorreu na tarde do dia 7 de março no auditório do Mosteiro da Batalha, e reuniu vários agentes da Proteção Civil e técnicos do Património Cultural. O evento, que integra as comemorações do Mês da Proteção Civil da Região de Leiria, foi organizado pelo Município da Batalha, em parceria com o Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil da Região de Leiria e com o Mosteiro da Batalha.

Na sessão de boas-vindas, o presidente do Município da Batalha, Raul Castro, salientou que «o património cultural é relativamente vasto dentro do país, pelo que é importante que saibamos o seu devido valor. Hoje ficaremos sensibilizados que valerá a pena fazer exercícios e testar. Queremos ter a garantia que efetivamente está tudo a ser preparado a pouco e pouco, com os conhecimentos necessários para fazer frente a situações de risco, pois nem sempre é possível prever determinadas ocorrências».

Carlos Guerra, comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil de Leiria, destacou que na região existem vários monumentos de património mundial com grande dimensão. «A área cultural e do património histórico não nos é muito familiar, pelo que é fundamental a aptidão de começarmos a estudar estas questões. O desafio que aqui deixo na Batalha é que os técnicos da área cultural se juntem a nós: tragam os vossos conhecimentos daquilo que temos de preservar. Este trabalho conjunto deve ser feito, tão urgente quanto possível. O que podemos fazer na salvaguarda do património?»

O evento prosseguiu com a apresentação do “Plano de Segurança do Mosteiro da Batalha – Identificação de riscos e medidas de salvaguarda”, com as intervenções de Pedro Redol, Rui Cerejo e Júlia Rosário, técnicos especialistas do Mosteiro, e de Viviane Ascenso, coordenadora municipal da Proteção Civil da Batalha. Foram abordadas as características da construção do edifício, e os vários tipos de ocorrências que podem colocar em causa a preservação do monumento, como incêndios, inundações e sismos.

“Os desafios do socorro no Mosteiro da Batalha” foram partilhados pelo comandante dos Bombeiros Voluntários da Batalha, Hugo Borges, como os acessos e a salvaguarda das estruturas. O comandante ainda explicou um dos simulacros realizados, pormenorizando as diferentes etapas do exercício de treino.

Nelson Antunes, coordenador municipal da Proteção Civil de Coimbra, falou da “Proteção no Património Cultural”, com a apresentação do exemplo do simulacro HeritEx24 na Biblioteca Joanina, integrado no curso ministrado em 2024 de Intervenção no Património Histórico. No final houve espaço para a colocação de questões e respetivos esclarecimentos.

Joaquim Ruivo, diretor do Mosteiro da Batalha, encerrou o encontro, ressalvando os três conceitos fundamentais que têm de estar sempre presentes: a prevenção, a colaboração e o planeamento. «Somos [portugueses] muito bons a analisar, a avaliar e a planear, somos muito bons a regulamentar e a fazer leis, e somos maus a aprender com o que acontece e a tomar lições daquilo que acontece. Isto é o Mosteiro da Batalha, mas em cada freguesia, em cada terra, existe património que deve ter estes planos», rematou.

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