Batalha presta homenagem a Mouzinho de Albuquerque

Segunda, 16 De Julho De 2007

Batalha presta homenagem a Mouzinho de AlbuquerqueA Vila da Batalha recebe no próximo Sábado, 21 de Julho, às 12h00, na Praça Mouzinho de Albuquerque, mais uma cerimónia de homenagem a Joaquim Mouzinho de Albuquerque, Patrono da Arma de Cavalaria.
O evento, que assinala o 105° aniversário da morte deste oficial do exército, tem início no dia 18 de Julho, na Escola Prática de Cavalaria de Abrantes, local de onde se iniciará uma Marcha a Cavalo em direcção à Vila da Batalha, com a chegada dos Sargentos e Oficiais daquela unidade prevista a esta Vila no dia 20 de Julho.
Aponte-se que da cerimónia a realizar, farão parte os seguintes actos: apresentação da formatura à Alta Entidade que preside a cerimónia (Director Honorário da Arma de Cavalaria, Tenente General Velasco Martins), deposição de uma palma de flores junto ao busto de Mouzinho de Albuquerque, intervenções de diversas entidades, descerramento da Espada de Bronze e um desfile da Força a Cavalo.

Algumas Notas sobre Mouzinho de Albuquerque

Nasceu na Quinta da Várzea, freguesia e concelho da Batalha, em 12 de Novembro de 1855, tendo sido baptizado um mês depois no Mosteiro de Santa Maria da Vitória.
Descende de uma das famílias portuguesas mais ilustres, sendo neto de Luís da Silva Mouzinho de Albuquerque, figura de militar, político e estadista, escritor e cientista da maior projecção na primeira metade do Século XIX, a quem se ficou a dever a notável recuperação do monumento batalhense.
Tendo seguido a carreira de armas, alistou-se em Cavalaria no ano de 1871. Em 1886 seguiu para a então Índia Portuguesa, onde prestou relevantes serviços, ascendendo a Secretário Geral do Governo do Território.
Transitou dali para Moçambique, por altura do ultimato inglês, a fim de assumir o cargo de Governador do Distrito de Lourenço Marques, que desempenhou de 1890 a 1892.
Regressado á Metrópole, volta a partir para Moçambique, em 1895, como Comandante da força de Cavalaria incorporada na expedição chefiada pelo Coronel Eduardo Galhardo enviado àquela colónia para dominar os régulos que, a incitamento de colonialistas britânicos, se haviam revoltado contra a presença portuguesa.
Em 10 de Dezembro de 1895 foi nomeado Governador Militar do Distrito de Gaza e, logo a 29 desse mês, promoveu a heróica captura de Gungunhana, em Chaimite.
A 13 de Março de 1896 foi nomeado Governador-Geral de Moçambique e, em 25 de Novembro seguinte, Comissário Régio.
Em meados de 1897 empreendeu a gloriosa campanha de Macontene.
Regressado à Metrópole, em Dezembro de 1898, foi nomeado pelo Rei D. Carlos, aio do Príncipe Real D. Luís Filipe.
Pôs termo à vida em 8 de Janeiro de 1902.
Joaquim Mouzinho de Albuquerque foi um dos portugueses mais notáveis do Século XIX, tanto pelo seu acendrado patriotismo, como pela brilhante inteligência e capacidade governativa, de que deu bastantes provas em Moçambique, e pela lealdade, honestidade, coragem, espírito de sacrifício e noção de serviço público, qualidades raras que o destacaram dentre os homens da sua geração.
Não obstante os serviços prestados a Portugal, ainda não lhe foi prestada grande homenagem de que é credor: a transladação dos seus restos mortais para o Mosteiro de Santa Maria da Vitória e a erecção nesta Vila, de um monumento a evocar a sua memória.





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