Comunicado

A família de refugiados iraquianos de origem palestiniana que foram acolhidos pelo Município da Batalha há cerca de um ano voltou a encontrar-se com o Papa Francisco. Desta vez em Fátima, nesta manhã de sábado na Casa de Nossa Senhora do Carmo, situada no coração do Santuário e onde o Santo Padre pernoitou.

O encontro realizou-se depois da audiência concedida ao Primeiro-Ministro, António Costa, na manhã de dia 13 de maio, pelas 09h30, na Casa de Retiros de Nossa Senhora do Carmo. Na ocasião o Papa trocou breves palavras com a família de refugiados e com o autarca da Batalha, Paulo Batista Santos, que esteve presença neste reencontro.

Recorde-se que o Papa Francisco já tinha conhecido esta família em 2016 num campo de refugiados perto de Roma, durante a semana santa pascal.

Sensibilizado pela história desta família de oito membros (mais um criança de 4 meses nascida em Portugal), que inclui fugas da Palestina para o Iraque e da Síria para a Europa que incluiu num percurso marítimo até à ilha italiana de Lampedusa, o Papa manteve o contacto com refugiados que vivem hoje na Batalha, perto de Fátima.

Apesar de muçulmana, a família tem uma grande devoção a Nossa Senhora por ser mãe de Jesus Cristo, considerado um dos profetas do islão, precursor de Maomé.

Depois de conseguir o estatuto de refugiados o estatuto de refugiados em Itália, os membros da família foram selecionados num programa de realojamento da União Europeia e desde abril de 2016 estão a viver na Batalha (São Mamede), a menos de três quilómetros.

Para Paulo Batista Santos, este reencontro “foi uma feliz coincidência e uma enorme honra para a família e para o Município da Batalha”. O Papa quis saber "se a família estava bem de saúde" e ficou a saber a mais recente novidade: "tinha nascido mais um bebé" desde a última vez que tinham estado juntos, acrescenta o edil da Batalha.

Na mesma ocasião, também o Primeiro-Ministro António Costa teve oportunidade de felicitar o trabalho de acolhimento realizado pelo Município da Batalha, recordando a vontade de Portugal colaborar na promoção dos valores da protecção dos mais frágeis, como o acolhimento aos refugiados.